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O mercado de franquias teve um “boom” impressionante. De coxinha a consultório de hipnose. Tem franquia para todos os gêneros, gostos e bolsos.

Ao mesmo tempo que essa alta demanda é boa, porque demonstra um aquecimento do mercado, infelizmente, e ainda mais na “cultura brasileira do jeitinho”, há muitos lados negativos. E são desses que nos preocupamos nesse texto. Cuidar para que você não caia no conto do vigário ou do negócio fácil.

A ideia precípua de franquia é reproduzir o que deu certo, padronizando! Acredito que o exemplo clássico é o McDonald’s. Onde quer que esteja você sabe como virá o seu Big Mac!

De um extremo ao outro, a ideia básica é que a franquia de “coxinhas no copo” seja identicamente reproduzida aqui, em Santos, ou no Pará. Contudo, percebemos na nossa experiência que as pessoas têm investido muito mal. Na ansiedade de alcançarem o seu sonho de independência, tornando-se empresário, muitas pessoas investem suas finanças de uma vida – como, por exemplo, o FGTS – em propostas de sucesso rápido. Mas não há milagre no mundo dos negócios.  Pior do que perder o investimento é ainda acumular uma série de dívidas. Então vamos te ajudar com algumas dicas.

 

  1. Não acredite em propostas mirabolantes.

Receitas de sucesso garantido não existem. Toda franquia pressupõe muito trabalho prévio e futuro. Como te dissemos no início desse texto, franquear um negócio significa – ou deveria significar – que ele já foi testado e aprovado. Por isso, ao pensar em montar uma franquia analise bem as franquias que já foram abertas, converse com os franqueados e principalmente veja os números contábeis do seu franqueador. É importante que ele ateste com documentos factíveis o que está propondo.

 

  1. Avaliar a solidez da marca e sua penetração no mercado.

 

Lembrando que uma franquia pressupõe que o modelo de negócio já foi testado, só faz sentido reproduzir essa receita se a marca tem solidez e mercado instalado e/ou para crescer. Pode até ser que a franquia que você está namorando ainda não tenha alcançado o mercado nacional, mas ela tem que aspirar ao menos o crescimento na sua região. Não faz sentido querer comprar um negócio que ninguém conhece. Daí talvez seja melhor você começar do zero.

 

Agora, caso tenha pesquisado direitinho e visto que é uma empresa com potencial crescimento, analise questões como o registro da marca nos institutos correspondentes, possibilidade de concessão do uso da imagem, a proposta e circular de oferta de franquia (COF).

 

  1. Cuidado com franquias que só querem saber de taxas.

A rentabilidade de uma empresa venda da venda do seu produto ou serviço. A partir do momento que a rentabilidade passa a ser a venda das franquias, desconfie! Ultimamente surgiram diversas empresas especializadas em criar e formatar negócios para franqueá-los. Não há o teste de mercado. As vezes até há, mas de forma bem superficial. Essas “holdings” (como se denominam, pois nem todas são de fato) buscam formatar negócios da “moda”, como foram as coxinhas, as paletas, as esmaltarias e tantos outros negócios passageiros. O lucro das franqueadoras vem em maior parte do investimento dos novos franqueados. Entretanto, essa não deve ser a proposta do negócio.

 

Franquias e franqueador devem criar um ecossistema em que o crescimento deve ser conjunto. Tão ruim quanto fechar uma loja para o pequeno franqueado, que só tem aquele investimento, é também ao franqueador, que tem sua imagem machucada com o insucesso. O lucro, portanto, deve vir do produto ou serviço comercializado. Aliás, desse contexto vem justamente o próximo item.

 

  1. Busque por franqueadores que “joguem juntos”!

Cansamos de ouvir relatos de franqueados que foram literalmente abandonados. Na apresentação: um show! No fechamento: promessas de um “casamento lindo”! Mas não muito tempo depois, as vezes na própria montagem do negócio, já começa o sofrimento.

 

Quando criança sua mãe lhe ensinou a atravessar a rua. As primeiras vezes fez de mãos dadas. Com o passar do tempo ela só te avisava e supervisionava. No final você já ia sozinho. Desculpem-nos a simplicidade do exemplo, mas a ideia é a mesma. No começo você precisará ser ensinado. Depois supervisionado. Com o tempo seguirá com as próprias pernas, obtendo a orientação do franqueador em situações pontuais.

 

  1. Escolha muito bem o ponto comercial.

Meu amigo leitor e cliente, aqui seremos curtos e diretos: o cliente não cai do céu. Você precisa estudar muito bem o perfil do negócio que pretende abrir e ver a compatibilidade dele com o ponto que pretende. Não faz sentido abrir uma loja da Kopenhagen na uma região residencial ou mais humilde, por exemplo. Como talvez não faça sentido abrir uma loja de coxinhas no JK Iguatemi (Shopping chique de São Paulo). Faça uma leitura do público alvo, com o perfil do negócio e o ponto pretendido. Ainda assim, damos uma dica. Achou o ponto? Vá uns três dias lá e leve uma cadeira. Sente-se durante algumas horas, em períodos diferentes. Observe o ambiente, os negócios vizinhos e quantas pessoas passam por lá. Não se iluda. Reflita com certo grau de realismo.

 

 

E, no final das contas, cadê a dica jurídica que faria evitar processos judicias?

 

Essa é a maior dica que lhe damos. Um processo não nasce de uma situação jurídica, mas sim de um problema do seu dia-a-dia que, naquele momento, ainda sem perceber, é só uma decisão, mas no final se tornará um processo. Vem da contratação equivocada de um funcionário sem precisar, da negociação malfeita com o franqueador, do sócio que incluiu sem conhece-lo, só porque não tinha todo o capital ou da locação em prazo inferior do ponto comercial (que agora dificulta a renovação). Tudo isso eram decisões antes de iniciar um negócio que, por cultura, ansiedade ou despreparo foram tomadas sem aconselhamento técnico. Por isso, está aí a dica final: uma consulta jurídica pode evitar um problema!

 

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